terça-feira, 25 de novembro de 2008

No inicio era o verbo... ou um substantivo, adjetivo... palavrão

1997 - Uma tarde qualquer uma idéia qualquer...
Do velho hábito de escrever cartas num mundo onde a internet ainda não nos dominavam e mesmo assim estavamos ficando cada vez mais analfabetos surge o Zaranza!
Idéias soltas em papéis que viajavam quilometros unindo amigos que tinham o que dizer, expressar... suge um zine em papel no melhor estilo recorte e cole (do it yourself).
5 cartas... 1 zine que se mutiplicou em 10... 15... 30 leitores...
Nunca foi produzido em grande escala, sempre teve sua distribuição direcionada e que de boca em boca, foi se propagando.
A cada viagem uma nova história a ser registrada, conhecendo pessoas e as transformando em novas personagens deste mundo de ilustração...
Mostrar o novo, questionar o antigo e transformar o banal, este era o lema.
Dicas de discos, críticas do cotidiano, ilustrações... qualquer coisa que fizesse alguém pensar no porque alguém pensou nisto!
Mensalmente invadiam os lares através dos Correios trazendo a personificação de seu criador.
Zaranza! conheceu Temple deste casamento nasceu Blastoise, zines que provavam que a criação sempre pode ser reinventada... Distribuição no Futuro Infinito, Madame Satã e de mão em mão perdeu-se o controle... em algum lugar pode ter um Zaranza! ou Blastoise calçando algum criado mudo em algum lugar deste mundo.
Um feito a mão livre hoje se digitaliza, para imortalizar este idéia e preservar a vontade de nãoo dizer nada e agradar.
Em 2001 foi sua ultima edição. O motivo do fim, qualquer zineiro sabe. Enjoei.
Agora 10 anos depois... depois de muito pensar... surge a versão digital.
Para quem um dia disse, o blog matou o zine, hoje se rende ao blog.
O que vai ser postado aqui? Nao tenho a menor idéia...
Não sei se vai ser diário, mensal ou anual, o que vier primeiro!!!!!

Como no velho estilo, ao som de Portishead, Dummy registrro este post.

Um forte abraço a Marcio Bochinni (que tem que deixar de ser preguiçoso e desenfornar o Ata-me), Francine Bochinni (in memorian), André (como nao poderia deixar de ser) Luis, Leonardo Apis e Karen Ferreia, os leitores da primeira até a ultima edição e um salve aos novos leitores.

Renata Parpolov, de Temple a Blastoise.

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