sábado, 3 de outubro de 2009

The Anticrist (Lars Von Trier)


Um dos primeiros signatários do manifesto denominado “Dogma 95” surgido em Copenhague em 1995, foi Lars Von Trier. O manifesto procurava contrariar algumas tendências do “cinema comercial” e recuperar um cinema que consideravam estar morto. O Dogma 95 opunha-se ao conceito de autor, de cinema individual e efeitos especiais. Segundo tal manifesto “A tarefa ‘suprema’ dos realizadores decadentes é enganar a audiência. É disso que estão tão orgulhosos? Foi isso que ‘100 anos’ nos deram? Ilusões a partir das quais as emoções podem ser comunicadas? (...) Uma ilusão da dor e uma ilusão do amor”.

Pois bem... com este pensamento Lars criou obras primas no cinema, entre elas Dogville de 2003, com uma linguagem própria abstendo de cenários e instigando o público a pensar, principalmente enebriado com o ponto de vista pessimista de Lars sobre a humanidade.

Dogville faz parte de uma trilogia intitulada USA - Land of Opportunities. O segundo filme é Manderlay (2005) e o terceiro Washington

Trier é fanatico por trilogias, sua primeira, Europa Trology é formada por The Element of Crime (1984), Epidemic (1988) e Europa (1991).

Ainda nas trilogias temos The Golden Heart contendo Breaking the waves (1996), The Idiots (1998) e Dancer in the Dark (2000, sim aquele da Björk!).

Mas voltando ao Anticristo...
Primeiro - Não se trata de um filme te terror.

Pelo menos não ao terror a que estamos acostumados sugerido pelo título.

O filme não conta a história de alguma criança cujo nascimento terá que ser evitado para proteger a humanidade, pelo contrário, o filme se inicia com a morte de uma criança.

Com a morte do seu único filho, casal passa pelo drama desta perda e o filme se desencadeia nas etapas de uma depressão, passando pelo luto, angustia, dor... questionando que tipo de mundo nós vivemos e como é construida nossa personalidade.

Nascemos bons e a sociedade nos corrompe ou pelo contrário, nascemos maus e a sociedade nos dita uma regra de convívio que nos tira dos nossos instintos?

E se o mundo na verdade não é uma obra de Deus e nós sim somos cada um, um anticristo?

Vou me abster de criticar este filme, se seu primeiro contato com Lars for The Anticrist, conheça sua obra... vá ao cinema, locadora ou baixe mesmo pela internet, mas não os assista sozinho, pois o melhor da obra de Lars é o papo filosófico com os amigos.

2 comentários:

Michele disse...

Dogville é muito bom, é diferente de todos os filmes que já vi. Vale a pena assistir mesmo. Bom vou parar por aqui senão vou acabar fazendo como o João contando o filme.

Zaranza! FunZine!!! disse...

Contando o filme Mi????

Se vc acha que o que eu fiz foi contar o filme espere então até assistir...